Nascido em 18 de junho de 1942 em Liverpool, Inglaterra. Ganhou de seu pai o primeiro instrumento musical da sua vida, um trumpete, em 1956. Paul ficou um pouco decepcionado com o presente, pedindo para seu pai para trocá-lo por um violão. Troca feita, o jovem Paul começou a praticar. Como era canhoto, teve que mudar a ordem das cordas para ter um certo sucesso, pois não conseguia tocar direito como destro. No ano seguinte, Paul foi apresentado a John Lennon, aceitando seu convite para entrar no Quarrymen Skiffle Group, que depois de muitos anos, nomes e formações, viraria os Beatles.
O sucesso mundial e a fortuna chegaram nos anos 60 com o grupo que ousou mudar a música e a mentalidade de uma geração. Desavenças pessoais e profissionais interromperam a carreira dos Beatles. Os integrantes da banda desenvolveram estilos próprios muito diferentes entre si durante os anos. Todos já tinham famílias a quem também queriam se dedicar. A banda acaba oficialmente em 1970.
Depois que Paul McCartney saiu dos Beatles, decidiu continuar fazendo música. Lançou um disco solo em 1970 e outro em parceria com sua esposa, Linda, no ano seguinte. Ainda em 1971, McCartney forma os Wings e consegue muito sucesso, emplacando vários hits nas paradas de todo o planeta. A década de setenta manteve Paul ocupado junto ao conjunto, entre muitas prisões por porte de drogas e confusões nos shows. As vésperas de uma seqüência de shows pelo Japão, é preso novamente por porte de maconha. Permanece na prisão por nove dias. Os motivos do fim da banda ainda são escusos, mas cogita-se que os músicos, insatisfeitos com a perda do contrato das apresentações no Japão (consequentemente, com a perca do dinheiro que iriam ganhar com os shows) e com o remuneração baixa, resolveram sair da banda.
Paul sai da prisão e lança o disco "McCartney II", com experimentações de sintetizadores e baterias eletrônicas. O disco representava o reinicio da sua carreira solo, mas não obteve muito sucesso. O começo dos anos 80 foi difícil para Paul. A morte de John Lennon e o fracasso de seu novo álbum o fizeram trabalhar mais e mais. Dois anos depois surge "Tug of War", tido por muitos como seu melhor disco solo. Com parcerias com Stevie Wonder e Carl Perkings, ele decide ganhar o elogio da critica especializada. Tendo tido bons resultados com suas recentes parcerias, McCartney decide continuar com o projeto, desta vez com Micheal Jackson no disco "Pipes Of Peace". Músicas como "Say, Say, Say" e "The Girl Is Mine" foram tocadas exaustivamente no ano de 1983. A parceria foi desfeita quando Micheal comprou as músicas dos Beatles que Paul planejava adquirir.
Com as críticas ruins de seu próximo disco, "Press to Play", McCartney passa três anos sem lançar nada. Em 1988, em um projeto inédito, ele lança um álbum apenas para a antiga União Soviética, com clássicos do rock dos anos 50. "CHOBBA B CCCP" foi lançado depois para o resto do mundo, fazendo a popularidade de Paul subir novamente. Uma coletânea ("All the Best") é lançada enquanto Paul apronta seu próximo disco, "Flowers in the Dirt". Este álbum levaria Paul de volta a estrada, depois de 13 anos sem fazer turnês. A "Paul McCartney World Tour" é a mais bem sucedida de 1990, visitando muitos países, incluindo o Brasil. Faz dois shows no estádio do Maracanã, quebrando o recorde de público em shows fechados, com 184.000 pessoas. Ele voltaria ao Brasil em 1993, divulgando "Off The Ground". Ao mesmo tempo que lançava seu disco, colocou nas lojas suas experimentações com trance music e ambient sound sob o pseudônimo de "Fireman". Fez um grande sucesso entre os DJs europeus nas pistas de dança.
A música clássica também chamou a atenção de McCartney. Fez peças clássicas para a Filarmônica de Liverpool e para os 100 anos da gravadora EMI.
Em 1995 foi diagnosticado um câncer em Linda. A família se retiraria da vida pública para dar prioridade ao seu tratamento. Paul só apareceu em público novamente em 1997 para receber a condecoração da Rainha Elizabeth II, tornando-o "Sir". Linda estava muito doente e não pôde comparecer no evento.
Lançando "Flamig Pie" no mesmo ano, as esperanças cresciam a medida que os médicos revelavam o sumiço dos tumores de Linda. Porém, em abril de 1998, foi descoberto que o câncer havia ido para o fígado e que as chances eram muito poucas. Informado pelo médico da família que ela teria apenas mais uma semana de vida, os McCartney foram para os EUA, onde Linda faleceu no dia 17 de abril.
Desde então Paul McCartney tenta vencer a falta da esposa, como sempre, trabalhando muito. Um novo disco, "Run Devil Run" (com as participações de David Gilmour e Ian Paice), está sendo esperado para 5 de outubro de 1999, marcando a volta de Paul a música.
Em 2001, Paul McCartney lançou uma coletânea contendo as melhores canções dos Wings, Wingspan, e um documentário sobre a banda em DVD com o mesmo nome. No fim do ano, ele organizou The Concert for New York City, um espetáculo em resposta aos ataques de 11 de setembro.[42] Participaram do show realizado no Madison Square Garden de Nova York o grupo The Who, Eric Clapton, Billy Joel e Elton John, entre outros. No fim do ano, Paul recebeu a notícia do falecimento de George Harrison. Após a morte de Harrison, McCartney tocou em homenagem algumas vezes composições de George em seus shows, incluindo "For Your Blue", "Something", "While My Guitar Gently Weeps" e "All Things Must Pass".
Com o lançamento do disco Driving Rain ainda em 2001, McCartney iniciou uma turnê em 2002 que acabou sendo registrado em disco e em DVD chamado Back in the US. Ele ainda compôs e gravou a canção título para o filme Vanilla Sky, e foi indicada ao Oscar de melhor canção mas não venceu.[43]
McCartney toca no The Roundhouse em 2007, para o BBC Electric Proms.
Durante esses últimos anos, McCartney realizou espetáculos que entraram para a história. Apresentou-se duas vezes na partida final do Super Bowl (em 2002 e 2005), finalizou o show em comemoração ao Jubileu da Rainha da Inglaterra Party at the Palace, participou de uma homenagem feita ao ex-beatle George Harrison no Royal Albert Hall em Londres (Concert for George em 2002), fez o primeiro show da história da canção no Coliseu de Roma, apresentou-se pela primeira vez em Moscou (em 2003), tocou no famoso festival inglês Glastonbury Festival (em junho de 2004), tocou no Rock in Rio Lisboa (em 2004) e abriu e finalizou o show do Live8 (em julho de 2005). No ano de 2005, McCartney lançou o disco Chaos and Creation in the Backyard, que foi indicado ao Grammy de melhor álbum.
Em 2007, McCartney oficialmente saiu da Capitol Records e ingressou para a rede de cafés Starbucks[44] com o seu selo musical " Hear Music", lançando o álbum Memory Almost Full no dia 4 de junho. Para promover o álbum, Paul apareceu no comercial da Apple Computer, iPod+iTunes. No dia 26 de junho de 2007, McCartney apareceu no programa de Larry King da rede CNN com Ringo Starr, Yoko Ono Lennon, Olivia Harrison e Guy Laliberté para promover o "Revolution Lounge" situado em Las Vegas, Nevada e comemorar um ano do aniversário da apresentação LOVE do Cirque Du Soleil.[45]
Black-and-white image of McCartney, in his sixties, holding an electric bass. He wears a black buttoned-up suit jacket with black pants.
McCartney tocando na Inglaterra em 2010
Em março de 2009, segundo a empresa de eventos Concerts West, ainda dependente de confirmação do Guiness Book of Records, McCartney tornou-se o recordista mundial em 'rapidez de venda de ingressos para um show musical', ao ter todos os bilhetes postos à venda para um show em Las Vegas, Estados Unidos, esgotados em apenas sete segundos.[46]
No dia 2 de Junho de 2010, Presidente Barack Obama homenageou o cantor, Sir Paul McCartney, numa solenidade na Casa Branca, em Washington, D.C., com a Medalha da Biblioteca do Congresso Gershwin Prize para Canção Popular (Library of Congress Gershwin Prize for Popular Song, en ), pela sua contribuição acumulativa à música e canção popular.
O Presidente começou o seu discurso dizendo: "A todos os tremendos artistas, de todos os gêneros e formações que se uniram a nós hoje a noite para homenagear o primeiro e único, Sir Paul McCartney, muito obrigado: Stevie Wonder, Jonas Brothers, Faith Hill, Emmylou Harris, Lang Lang, Herbie Hancock, Elvis Costello, Jack White, Corrine Bailey Rae, Dave Grohl e o comediante, Jerry Seinfeld. Uma salva de palmas"! O Presidente também agradeceu a Biblioteca do Congresso, a Família Gershwin, a Public Broadcasting Service (PBS) e o Dr. James H. Billington, cujo trabalho na Biblioteca, e seu profundo compromisso para preservar o patrimônio da América para futuras gerações, é algo que todos nós valorizamos..." além do Presidente também querer mostrar a presença na cerimônia de homenagem a Sir Paul McCartney de diversos membros do Congresso e dignitários, fazendo uma menção especial à presença de Nancy Pelosi, a Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, a qual chamou de "grande defensora das Artes".
Paul McCartney recebendo o Gershwin Prize do Presidente Obama na Casa Branca - 2010
Durante seu breve discurso, Presidente Obama citou a importância extraordinária de Paul para a música e cultura americana, e de ter sido apropriado que a Biblioteca escolhesse Paul, como filho de um homem que tocava música de Gershwin no piano para ele durante sua vida, para receber esta homenagem, "...e que cresceu para ser o escritor de canções mais bem-sucedido da história, Sir Paul McCartney...." e acrescentou: "...Uma carreira legendária, difícil de acreditar que faz quase meio Século, quando os Beatles chegaram às margens da América e mudaram tudo durante a noite...". Disse que: "...os Beatles não foram as primeiras estrelas do rock, eles seriam os primeiros a dizer que outros abriram as portas para eles; mas, eles derrubaram os muros para todos que vieram depois. Em poucos anos eles mudaram a maneira que ouvimos música, a maneira que pensavamos sobre música, e a maneira que tocavamos música, para sempre. Eles ajudaram a gravar a trilha-sonora para uma geração toda. Uma Era de posibilidades sem fim e de grandes mudanças. E durante quatro décadas, desde então, Paul McCartney nunca desistiu..."; lembrando das contribuições com celebridades, incluindo, John Lennon, Wings, e com outros compositores e grupos, além de, logicamente, suas composições solo. Disse que "...200 de suas composições entraram nas paradas de sucesso, e ficaram nas paradas um total acumulativo de 32 anos...." (todos presentes aplaudiram)
O Presidente terminou seu discurso dizendo que, naquela noite, seria o seu distinto prazer apresentar a homenagem mais alta dos Estados Unidos da America, para música popular, em nome de uma nação grata, "grata por um jovem inglês que compartilhou de suas alianças com a gente, Sir Paul McCartney."
Entre os músicos que se apresentaram durante a festividade, Paul McCartney também cantou e tocou com o mesmo contrabaixo que ele tocou durante o The Ed Sullivan Show. Este recente concerto, em sua integridade, ficou gravado no portal da PBS como parte da séries "In Performance at the White House", que inclui 90 minutos de música, entrevistas e matéria feita nos bastiores durante a comemoração.