domingo, 14 de novembro de 2010

QUAL A IMPORTANCIA DO PRODUTOR MUSICAL????

Antes do George Martin comentar sobre os 4 fabs four,vai aqui uma paulada pessoal em atuais pseudoprodutores musicais principalmente no Brasil.
Em sua grande maioria são produtores de sequenciados.São os imbecis que tiram emprego de excelentes musicos de estúdio,e canalizam prá si dinheiro fácil.É por esse motivo que sertanojos,axés,falsos forrós paulistas,pagódinhos e sertanejo universitário são uma tremenda pobreza musical.Pro povão desavisado,parece que  tá tudo bem,pois é móda.Mas prá quem é musico e com gosto musical como eu,é uma pobreza e em todos os ritmos citados parece que uns imitam os outros.e entra ano e sai ano,são quase sempre os mesmos pois garantem a engorda da conta bancária desses produtores covardes,que são também quase sempre os mesmos.Porém,esses improdutores são procurados por novos artistas,ou indicados na esperança do sucesso,mas só gastam o que teem,gravam o que a MIDIA já o tem,sem novidades e sem atrativos e no fim voltam a tocar em botécos e espeluncas.Uma amiga empresária,compositora e poetisa,resolveu bancar o CD de uma excelente dupla  de S.J.do Rio Preto.Bancou toda a produção mas cometeu uma falha sem perceber ao contratar os serviços de um desses improdutores,ex produtor de gente bem famosa.Cara,quando ouvi as gravações,não comentei a não ser a beleza das letras e das vozes da dupla,mas notei que não batiam com as vozes a produção do  espertalhão.A dupla não decolou até agora,infelizmente.O improdutor ricão e folgado deixou buracos por todo o trabalho.Mandou ver um sequenciadinho comum,pré gravado,e cadê a gaita e violino donde se necessita?Péraí,mas qualquer roqueiro sabe que os timbres de guitarra teem que variar de acordo com a melodia e ritmo.
Será que esses caras não sabem?Sabem mas estão mal acostumados a terminar logo o CD e partir rápido prá outros.Por isso ficam esses sons vagabundos,sem tempero.Quando terminar aqui nossa homenagem aos Beatles,vou portar um country em homenagem ao Beto Carrero,em duas produções diferentes.Uma feita nas coxas e outra ,uma superprodução de um compositor e produtor ainda desconhecido.
Bem,chega de teclarelar....
Um produtor de verdade,aliás superprodutor e maestro,vai deixar aqui palavras históricas:
GEORGE MARTIN!!!!!!!!!!!!!!
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"Os Beatles, no começo, não eram grandes artistas. Eram jovens muito inteligentes que, no entanto, não demonstravam sinal algum de que poderiam compor boa música. Não vi evidência alguma de que seriam bons compositores".
"A primeira vez que soube dos Beatles foi quando Brian Epstein, empresário do grupo, trouxe uma gravação para o meu escritório. Era horrível. Pude entender por que todos tinham dito "não" a eles. O melhor que poderiam me dar era "P.S.I Love You". Não era uma música muito boa. Copiaram o que ouviam dos Estados Unidos, mas também aprenderam o ofício bem depressa".
"A combinação entre John e Paul era bastante interessante, pelo seguinte: tínhamos, ali, dois jovens muito talentosos. Cada um de um jeito, os dois eram músicos e compositores muito bons - que trabalhavam juntos, numa espécie de competição: cada um tentava superar o outro. Um subia nas costas do outro o tempo todo".
"Quando comecei a trabalhar com os Beatles, logo no primeiro ano,depois que eles gravaram "Please, Please Me", eu disse: "Senhores, este é o primeiro sucesso..". Propus um desafio: "Agora, tragam-me algo melhor!". Os dois voltaram com "From Me To You" - que era boa. Depois, me trouxeram "She Loves You", melhor ainda. Em seguida, "I Wanna Hold Your Hand",fantástica! A cada vez, compunham algo diferente da anterior. Não era como "Guerra nas Estrelas I", "Guerra nas Estrelas II", "Guerra nas Estrelas III". Davam um tratamento original".
"Digo que esta curiosidade e este esforço para transpor o horizonte é que caracterizaram o pensamento de John e Paul. Isso é que os fez tão bons! Sempre tentavam melhorar, sempre tentavam ser mais originais. Perguntavam-me: "Que som podemos ter? O que é que você pode nos dar? O que é que não sabemos ainda? Ensine!".
Isso é que os tornou excelentes".
"O meu último encontro com John Lennon foi no Edifício Dakota, em Nova York, onde ele morava. Jantamos, meses antes de ele morrer. Yoko não interferiu. Ficou quieta a noite toda. John e eu ficamos, então, conversando sobre o nosso passado. Não tínhamos planos de trabalhar juntos. Eu tinha meus projetos, John tinha os seus. Eu não tinha intenção de voltar a trabalhar com ele. Mas falamos de nossas gravações. John se virou e me disse: "Quer saber? Se eu pudesse, gravaria de novo tudo o que fizemos!". Eu respondi: "Você não pode estar falando sério! Eu detestaria gravar tudo de novo, porque seria maçante". Mas John me disse que poderíamos fazer tudo ainda melhor. Isso foi extraordinário!"