sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ENCONTRO REAL..ELVIS E BEATLES FRENTE A FRENTE...FALTOU UM MALDITO GRAVADOR

Segundo os Beatles
"Gostaríamos de ter nos reunido com Elvis durante nossa
primeira turnê dos Estados em 1964, mas não podiamos
fazer isso por causa de seus compromissos e dos nossos
também.
Mas quando chegou o verão de 1965 nós estávamos em
Hollywood, ao mesmo tempo que Elvis estava filmando lá.

Nos reunimos na noite de sexta-feira, 27 de agosto de 1965. Foram
três dias de planejamento para nos reunir na casa de Elvis -
que esperávamos que ser em segredo. Mas os fãs e a
imprensa estavam lá na tentativa de entrar assistir a cena
deste encontro.

Elvis estava dentro da casa esperando para saudar-nos. Ele usava
calças pretas, uma camisa vermelha e preta justa.

Ele disse calmamente: Olá! e levou-nos para uma enorme sala
circular.

Estávamos nervosos. Este foi o cara que idealizamos ser
quando estavamos apenas começando em Liverpool. Ele era uma
lenda em sua própria vida, e nunca é fácil satisfazer
um lenda em sua própria vida.

No entanto, Elvis tentou fazer-nos sentir em casa. Sentaram Jonh
e Paul ao lado dele e Ringo no outro lado. George estava de
pernas cruzadas sobre o piso. Uma enorme televisão estava no
meio da sala com o som baixo. Elvis, obviamente, gostava de
receber bem todo mundo que ele conhecia.

Ele finalmente quebrou o silêncio na sala.
"Olha, gente", disse ele, "Se vocês estão indo só
para se sentar lá e ficar olhando pra mim, eu vou para a
cama!"
Ele sorriu, e todos nós rimos. "Vamos falar um pouco, hein?"
ele foi adiante. `` E então talvez tocar e cantar um pouco? "
Isso era o que todos queriam fazer, e pudemos sentir a tensão
na sala começando a melhorar.

Um dos funcionários da Elvis nos trouxe bebidas, mas todos
nós, enquanto bebiamos uísque, conhaque e Sete Up, Elvis
bebia apenas sete Up.

Ele não tocou em qualquer um dos cigarros que lhe eram
oferecidos.
Após um tempo Elvis disse:
"Alguém traga as guitarras". Mais uma vez um dos seus homens
imediatamente trouxeram as guitarras e ligaram aos amplificadores
na sala.

Elvis tocou baixo, e eu tinha um outro ritmo na minha guitarra.
É obvio que Elvis não se familiarizou com o instrumento
e Paul deu-lhes algumas instruções.

"Veja como eu toco o baixo", disse ele. "Não é muito bom,
mas estou praticando. "

George estava ocupado olhando seu instrumento, e em alguns
minutos eles tocaram "You're My World" a primeira música
tocada juntos.

Tínhamos finalmente encontrado uma forma de nos comunicar
através da música.

Ringo só olhou um pouco para baixo.

"Deixámo s os tambores em Memphis", Elvis disse, como se
estivesse tentando consola-lo.

Depois de um tempo, Paul coloca o seu violão e foi até a
grande piano de cauda branco que ficava em um canto do bar. Ele
começou a escolher algumas notas.

Enquanto tudo isto se passava, o Coronel e Brian conversavam no
fundo da sala. Em seguida, eles saíram para o salão de
jogos para jogar roleta. Brian ganhou um pouco, e o coronel
perdeu um pouco.

Tocando os instrumentos certamente nos ajudou a se sentir à
vontade com Elvis.

Após cerca de uma hora começamos a falar sobre a melhor
coisa que todos sabíamos - entretenimento . Em particular, as
experiências que tínhamos todos eram turnês.

"Aconteceram coisas engraçadas com vc na estrada?"
Elvis sorriu: "Lembro-me de uma vez em Vancouver tínhamos
feito apenas um número ou dois, quando alguns dos fãs
correram para o palco. Foi sorte eu ter saído fora a tempo.
Eles viravam o palco, os malditos!

Paul imediatamente falou: "Sim, nós tivemos algumas
experiências loucas, também. Lembro-me de um cara que
correu apressados no palco e puxou o os fios dos amplificadores .
Então ele virou-se para mim e disse:" Um movimento e você
está morto. "

A conversa, em seguida, mudou para o medo de voar, o que
incomodava Elvis admitiu ele
"Uma vez eu ia de Atlanta, Geórgia, em um pequeno avião
de dois motores", lembrou ele, "e um dos motores falhou. Rapaz!
eu estava com medo, eu realmente pensei que ia morrer.

Tivemos que tomar tudo o que tinha em nossos bolsos e descansar a
cabeça entre os nossos joelhos. Quando finalmente pousou com
segurança, o pil otosuava muito.

George contou à Elvis uma história semelhante sobre
quando ele tinha ido voar de Liverpool e a janela ao lado dele
repente abriu.

"Sim", concordou Elvis novamente. "Nós pagamos o preço da
fama com os nossos nervos."

Falamos sobre carros. Todo mundo sabia o quanto ele amava carros,
e ele acabou mostrando um Rolls-Royce Phantom Cinco.

Foi uma noite que nenhum de nós teria esquecido.

Como nós estávamos prestes a sair, Paul disse: "Elvis,
gostaríamos que você e os outros caras fossem onde
estamos amnhã a noite.

"Bem, eu vou ver", respondeu Elvis. "Não sei se posso fazer
isso ou não. Mas, obrigado a todos mesmo!"

Ele sorriu e apertou as mãos. Nunca o vi de novo. O humor de
Elvis não saiu da minha mente. Ele gostava de rir e fazer os
outros rirem também.

Estava na cara que algo grandioso estava acontecendo mas, para
Elvis, não havia nada de novo, exceto algumas poucas
músicas dos Beatles que ele gostava. Não é de se
espantar, portanto, que quando os Beatles vieram aos Estados
Unidos pela primeira vez, Elvis tenha recusado firmemente um
encontro com os quatro cabeludos de Liverpool que aspiravam a
mão de sua filha, a juventude americana, muito embora durante
o programa do Ed Sullivan, os Beatles tenham recebido um
telegrama de boas vin das assinado por ele, mas remetido sem o
seu conhecimento pelo coronel Parker.
- "Droga, não quero me encontrar com esses fdp!" -
explodiu Elvis quando o coronel lhe propôs um encontro com os
Beatles no inicio de 1964.

Mas o coronel não gostava de aceitar um não como
resposta, principalmente de sua marionete Elvis Presley e
continuou a campanha para criar a ilusão de bons sentimentos
entre seu cliente e os Beatles, enviando-lhe de presente quatro
conjuntos de trajes de cowboy completos, inclusive com armas de
verdade.

Quando os Beatles voltaram em 1965, eles usaram essas roupas de
cowboy em um de seus concertos. Era o sinal que o coronel estava
esperando. Novo encontro foi proposto e, dessa vez, Elvis topou

- "Tá legal. Mas eles terão que vir até a minha casa"

Aquilo era bom demais parta ser verdade para o coronel, que ligou
para Brian Epstein marcando a reunião. Nesse tempo, Elvis
estava de volta à casa de Perugia Way, depois de Ter morado
algum tempo em Bellagio Road.
Na noite memorável de 27 de agosto de 1965, Elvis sentou-se
no sofá da sala, como sempre fazia, cercado de seus homens:
Joe Esposito, Marty Laker, Billy Smith, Jerry Schiling, Alan
Fortas, Sonny West, Mike Keaton e Ray Sitton. Logo chegou o
coronel Parker e Tom Diskin.

Perto da 9 horas, os Beatles chegaram numa limousine preta,
acompanhados por Brian Epstein, o jornalista Derek Taylor e dois
guarda costas. A área estava fortemente guardada pela
polícia de Los Angeles. Assim que os príncipes do rock
entraram na mansão, ouviram seus discos tocando no "Jukebox".
Elvis levantou-se para cumprimentá-los, sorrindo e John
Lennon brincou:

- "Oh, aí está você!"

Apresentações formais foram feitas e todos sentaram-se no
sofá; John e Paul no lado direito de Elvis e Ringo e George
no lado esquerdo. Enquanto a "Jukebox"alternava os sucessos de
Elvis e dos Beatles, ninguém falou nada. O s Beatles olhavam
para Elvis, Elvis olhava para os Beatles. Nenhum dos caras achou
que era hora de dizer alguma coisa. Nem o coronel Parker ,que
permaneceu silencioso. Finalmente, depois de uns cinco minutos,
Elvis não se conteve:

- "Bem, olha aqui" - protestou o rei - "Se
vocês vão ficar aí sentados a noite inteira eu vou
para a cama. Vamos aproveitar a noite! Podemos conversar sobre
música e até tocar um pouquinho!"

Ao ouvir Elvis falar "tocar", todos os Beatles exclamaram:

- "Adoraríamos tocar com você, Elvis"

"Não consigo contar a emoção que foi ontem à noite"

O gelo estava quebrado e o grupo logo se dividiu em rodinhas;
Elvis, John e Paul levavam um papo:

- "Quantos sucessos vocês escreveram até agora?", quis
saber Elvis, sempre preocupado com números.
John e Paul começaram a contar como se isso tivesse alguma
importância. Todavia quando chegou a vez de John Lennon
perguntar, ele quis saber algo crucial:

- "Elvis, porque você não volta ao seu velho estilo
musical?"

Elvis que não gravava um rock há anos, desculpou-se:

- "Bem, sabe como é... é por causa do meu esquema de
filmes. É muito apertado...mas eu ainda vou gravar algum
disco"

Lennon comentou:

- "Então esse eu vou comprar"

Era uma piada, mas revelava claramente o que os Beatles pensavam
do trabalho musical de Elvis naquela época.

Enquanto isso Ringo jogava sinuca, rodeado pelas crianças,
Tom Parker e Joe Esposito montaram uma mesa de roleta e o coronel
anunciou:

- "O cassino está aberto"

Imediatamente Brian Epstein se aproximou, Brian tinha tanta
curiosidade e vontade de conhecer o coronel quanto os Beatles
tinham de conhecer Elvis.

Depois de dar algumas tacadas de sinuca com Ringo Starr, Elvis
pegou um contrabaixo elétrico que estava aprendendo a tocar.
Ordenando que os Beatles fossem equipados com instrumentos, Elvis
deu início a uma animada "Jam Session". O ponto alto foi
Elvis tocando baixo em "I Feel Fine', o que provocou o seguinte
comentário de Paul McCartney:

- "Você está tocando baixo muito bem, Elvis!"

O encontro das estrelas durou três horas e foi um sucesso,
exceto por George Harrison que não quis conversar com
ninguém e se comportou como se estivesse com uma doença
contagiosa. Quando chegou a hora de puxar o carro, Lennon
convidou:

- "Gostaríamos que todos vocês fossem nos visitar
amanhã a noite"

- "Bem, eu vou ver" - Elvis respondeu - "Não
sei ainda se podemos ir ou não"

Voltando-se para os demais John falou:

- "Vocês serão bem vindos, com Elvis ou sem ele"
Os caras agradeceram, mas sem demonstrar muita vontade de ir,
caso contrário poderiam desperdar os ciúmes do chefe. Mas
na noite seguinte, Joe Esposito, Marty Laker, Jerry Schiling e
Sonny West, conseguiram dar uma escapadinha e foram visitar os
Beatles na casa em que eles estavam hospedados em Mulholland
Drive. Assim que começaram a conversar com seus
anfitriões, John Lennon explicou tudo com aquele seu estilo
claro e contundente:

- "Deixa eu contar uma coisa para vocês. Só havia uma
pessoa nos Estados Unidos da América que a gente queria
conhecer. E nós a encontramos ontem à noite. Não
posso dizer como nos sentimos. Nós o idolatrávamos
demais. Quando chegamos na cidade, esses caras como Dean Martin e
Frank Sinatra e todas essas pessoas queriam nos conhecer e ficar
conosco simplesmente porque tínhamos todas as mulheres, todas
as gatinhas. Não queremos encontrar essa gente. Eles não
g ostam de nós. E nós não os admiramos e nem
gostamos deles também. A única pessoa que queríamos
encontrar nos Estados Unidos da América era Elvis Presley.
Não consigo contar a emoção que foi ontem à noite"

O que diz LARRY GELLER sobre este encontro Outro evento
importante foi em 27 de Agosto de 1965, quando os Beatles vieram
visitar Elvis. O que pode contar sobre aquela noite?O Coronel
tinha marcado um encontro entre Elvis e os Beatles. Antes deles
chegarem, Elvis e eu estivemos no banheiro e eu arrumei o seu
cabelo. Elvis esteve sempre muito calado e a tamborilar com os
dedos na beirada do lavatório. Olhou para mim e disse,
"Caramba, sei o que aqueles caras estão passando. Quer
dizer, já passei por isso. Estão tocando para grandes
audiências e eu estou fazendo estes filmes horríveis para
adolescentes - Sinto tanta vergonha."
Naquela noite Elvis tinha um aspecto tão fenomenal. Ele
costumava usar umas camisas tipo bolero e tinha-as em todas as
cores, exceto castanho. Detestava castanho! Naquela noite estava
usando uma camisa azul. Fomos todos para a sala e subitamente
ouvimos gritar, como um trovão, como se uma bomba tivesse
explodido. A porta da frente abriu-se e os Beatles entram! O s
Beatles vieram com Brian Epstein, o seu empresário. Foram ter
com Elvis e foram apresentados e Elvis sentou-se numa cadeira.
Todos os Beatles se sentaram no chão mesmo à frente de
Elvis, num semi-círculo. Ficaram ali sentados, olhando para
Elvis. Instalou-se um silêncio de morte na sala, até
Elvis dizer, "Bem, que diabo, se vocês não vão
falar comigo, vou para o meu quarto." Isso fez a gente rir
e quebrou-se o gelo.
Lembro-me de os ver a olhar para a televisão de Elvis e
dizer, "Uau, vejam, uma televisão a cores!"
porque nunca tinham visto uma antes. Depois disso, Ringo, Billy
Smith, Marty e Richard foram todos jogar bilhar na sala ao lado.
E o que dizer sobre a famosa jam session?Paul McCartney, o John e
eu, e possivelmente Jerry Schilling, estávamos sentados
conversando quando Paul perguntou a Elvis se podia experimentar
uma das suas guitarras. Elvis disse, "Claro, homem,
escolha à vontade." Então Paul pegou numa e
começou a tocar, seguido por John e logo seguido por Elvis
também. Os três começaram a tocar e a cantar durante
cerca de 20 minutos e eu pensei, "Isto é incrível!
Agora estou no centro do universo. Os Beatles e Elvis!" O
mais engraçado é que o Coronel Parker era tão
rígido com o controle que não permitiu que se tirasse uma
única fotografia de Elvis com os Beatles juntos! Até que
ponto uma pessoa pode ser tão ridícula?!A certa altura
comecei a interrogar-me onde estaria George. Fui lá fora e
estava escuro como breu, mas mal saí, soube que ele estava
lá, pois chegou-me logo o cheiro de erva! Lá estava
George, sentado ao pé de uma árvore a fumar um charro.
Sentei-me e conversei com ele durante um bom tempo. Tivemos uma
conversa ótima porque eu sabia que George estava envolvido
com questões hindus e mais tarde viria também a ser
grande amigo de Daya Mata.
Estabelecemos logo uma ligação espiritual. Senti-me tão
triste quando soube que morreu recentemente.
Alguma vez viu aquelas fotos muito fraquinhas e amadoras que
foram tiradas naquela noite?Sim, sei quais são. Elvis
apareceu e disse, "Ei, rapazes! Quero mostrar-lhes uma
coisa." Primeiro fomos lá fora e fomos ver o seu novo
Rolls Royce. Era uma loucura com as pessoas lá fora gritando
ao mesmo tempo "Eu te amo, Elvis" e "Te
amamos, Beatles." Lembro que algumas adolescentes tinham
subido em algumas árvores altas e estavam com máquinas
fotográficas. Acho que é daí a origem dessas duas
fotos tiradas daquela noite. Em seguida Elvis levou-os para
dentro para verem o novo presente que o Coronel Parker lhe tinha
dado, que era uma nova sauna no quarto de Elvis. Paul meteu a
cabeça para olhar para o espelho e disse a Elvis,
"Quem é que está ali?" Elvis não sabia
e quando olhamos, vimos uma adolescente que se estava tentando se
escond er debaixo de um banquinho de madeira. Ela lá tinha
conseguido passar pelos seguranças. Quando nos viu, gritou e
saltou para cima de Elvis e tivemos de a tirar para fora à
força!
Depois dos Beatles terem ido embora e de Elvis se despedir, eu e
ele voltamos para o seu quarto e ele disse, "Gostei mesmo
daqueles rapazes, são bons rapazes. Mas o que se passa com os
dentes deles?!" Claro que devido a falta de comida do
pós guerra na Inglaterra, havia falta de boa comida e os
dentes deles não eram bons. Seja como for, Elvis disse,
"Não consigo perceber. Têm dinheiro, porque
não mandam arrumar os dentes?" E mesmo quando estava
se preparando para ir dormir, Elvis disse, "Lembre-se de
uma coisa, Larry, eles são quatro e eu só sou um!"
Voltou a ver os Beatles depois disso?Bem, de todos os Beatles era
óbvio que Elvis tinha gostado mais de John Lennon. Durante
uns poucos dias depois do encontro, John telefonou várias
vezes, pois queria que fôssemos a casa deles para festejar.
Seja como for, os rapazes foram durante as 3 ou 4 noites
seguintes, mas Elvis não quis ir. Os outros se divertiram
bastante, mas eu acabei fica ndo com Elvis, para lhe fazer
companhia.